A viagem
Seriam cinco horas de estrada, segundo o google maps, de Berna a Varazze, estância balnear a norte de Génova (vide mapa abaixo), na costa da riviera italiana, na região da Ligúria. Cidade escolhida por não ser demasiado grande (logo confusa, tratando-se da Itália) e possuir uma bela extensão de areia (ao invés das praias de "calhaus" que existem ao redor). Nesta primeira viagem perdemo-nos com fartura, por pura distracção nossa (minha...) ou por deficiência de sinalização. Devemos ter demorado umas boas oito horas até ao destino, fruto também das paragens por causa da mais jovem passageira...
Mas a viagem vale, em larga medida, pelo caminho percorrido, feito de paisagens alpinas de dar vertigens, seja na parte suíça (em particular à passagem por Montreux, e pelo majestoso lago Léman, apertado entre as escarpas das primeiras alturas dos Alpes), seja na fronteira com Itália.
Observar as diferenças culturais pelo tráfego foi outra experiência interessante. Rigoroso no cumprimento dos limites de velocidade na parte suíça-alemã, mais "descontraído" nos cantões de influência francesa e francamente "à vontade" em Itália!
Nesta primeira viagem de Suíça à Itália em tudo notámos, aliás, as profundas diferenças existentes entre estes dois países, vizinhos, mas apenas pela geografia.
A organização helvética "diluída" (estamos a ser simpáticos...) a sul, em troca de uma forma tão própria de viver a vida com todo o seu calore, a tal dolce vita. O preço a pagar existe: cidades confusas e desorganizadas (as maiores), tal como o trânsito. Apesar de tudo, como "latinos" que somos (sim, até a Leelia já se rendeu) sentimo-nos muito mais em casa em Itália, como seria de esperar. Mas que nada temos a aprender em termos de organização naquelas bandas, não nos restaram dúvidas. Antes pelo contrário...
A organização helvética "diluída" (estamos a ser simpáticos...) a sul, em troca de uma forma tão própria de viver a vida com todo o seu calore, a tal dolce vita. O preço a pagar existe: cidades confusas e desorganizadas (as maiores), tal como o trânsito. Apesar de tudo, como "latinos" que somos (sim, até a Leelia já se rendeu) sentimo-nos muito mais em casa em Itália, como seria de esperar. Mas que nada temos a aprender em termos de organização naquelas bandas, não nos restaram dúvidas. Antes pelo contrário...
A chegada - estrelas (de)cadentes e "buona távola"
Sentimo-nos por instantes de regresso ao pior do Brasil, pela "manhosice" dos hotéis italianos. O quatro estrelas em que ficámos, pelo menos no que respeita ao quarto da primeira noite (ficámos duas), seria em Portugal um simpático duas estrelas, no melhor estilo "pensão da Dona Chica". E era o melhor de Varazze, ao que constava na net. Tudo o que era três estrelas (portanto provavelmente uma, pelos padrões da "decência hoteleira") tinha aspecto, logo exterior, de se evitar a todo custo. Na terceira noite, fomos até à costa a sul de Génova, e ficámos num quase legítimo quatro estrelas, na bela cidade de Sestri Levante. Incomparável ao quatro estrelas de Varazze, e pelo mesmo preço...
Brincadeiras de fim-de-tarde em Sestria Levante
Falando de coisas bem melhores, logo à chegada, rendemo-nos ao que a cozinha italiana tem de melhor, e não fugimos assim aos "clichés": massas e pizzas em todas as refeições. Fomos sempre muito bem servidos (em quantidade e qualidade), e a preços decentes, baratos para os padrões suíços. Os pequenos almoços dos dois hotéis mostraram-se irrepreensíveis.
Não resistimos a trazer connosco muita pasta e alguns enchidos, especialidades locais...
Pontos altos, e baixos...
Sinal mais para o caminho alpino, e os seus panoramas esmagadores de que já se falou. Para as paisagens ao longo da costa da riviera italiana, no que respeita às pequenas estâncias balneares que a povoam e às incontáveis pequenas aldeias repartidas sobre escarpas perigosamente prostradas sobre o Mediterrâneo. Inesquecível o charme de cidades como Santa Margherita, a sul de Génova, ou Finale Ligure e Arenzano, a norte. Misturado com muita história e alguns monumentos de particular destaque, como as Igrejas-matrizes de Varazze (abaixo, esq.), coligada à torre de vigia medieval, e de Finale Ligure, com a sua própria capela sistina (dta)!
Espírito de riviera em Santa Margherita
Menos positivo a confusão das principais cidades como Savona e Génova (esta, em três palavras: desmesurada, feia, evitável); o trânsito dos diabos (em estradas perigosas, feitas de incontáveis túneis apertados e pontes sobre autênticos precipícios); o desordenamento nas construções mais recentes das principais estâncias balneares de maior porte; o estado de ruínas a que estão votados muitos dos seus mais belos e antigos edifícios (adivinham-se moradias da nobreza italiana dos séculos XIX/XX); e a oferta hoteleira, de que já se falou, de uma forma geral ou cara ou má (ou os dois!).
Conclusões
Acabámos o pequeno périplo pela Ligúria conscientes da nossa felicidade em vivermos numa cidade pequena, pacata e organizada como Berna e, ao mesmo tempo, com a certeza de que seremos "clientes habituais" do país de Miguel Angelo e Leonardo da Vinci...
Exploraremos também as magníficas paisagens dos Alpes, sejam eles suíços, italianos ou franceses...
Conclusões
Acabámos o pequeno périplo pela Ligúria conscientes da nossa felicidade em vivermos numa cidade pequena, pacata e organizada como Berna e, ao mesmo tempo, com a certeza de que seremos "clientes habituais" do país de Miguel Angelo e Leonardo da Vinci...
Exploraremos também as magníficas paisagens dos Alpes, sejam eles suíços, italianos ou franceses...
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