Ontem foi dia de visitar um dos (muitos) ex-libris naturais da Suíça. Para lá de Zurique, a Nordeste do país encontra-se a maior cascata da Europa, as Rheinfall, ou quedas do Reno. Apesar dos seus modestos 23 metros de altura, esta cascata torna-se espectacular pela sua largura (150 metros) e pelo facto de conseguirmos chegar a dois ou três metros de distância do seu ponto mais caudaloso, onde a violência da água realmente intimida qualquer visitante.
Todo o curto percurso de visita à cascata está muito bem organizado, e diversas áreas de lazer, como o agradável restaurante no castelo de Schloss Laufen (sobranceiro às Rheinfall e de onde se obtêm as melhores vistas sobre a cascata), fazem do local não só uma atracção turística de primeiro importância mas um habitual ponto de descanso dos próprios suíços da região.
3. Quatro quilómetros acima das Rheinfall fica a cidade de Schaffhausen, capital do cantão de mesmo nome, e urbe rica em património góticos, renascentistas, barroco e rocócó, do qual sobressaem as casas de fachadas pintadas e as prolíficas varandas fechadas, ou janelas de sacada.
A bela fachada pintada da Haus zum Ritter (Casa do Cavaleiro) ornada de frescos renascentistas (1568-70) restaurados que representam as virtudes cavaleirescas |
A Kirche St. Johann, iniciada no século XI e concluída no século XVI, possui uma torre de sino que mais parece um torreão militar |
Junto à Kirche St. Johann, um belo edifício barroco serve de pano de fundo à estátua de Guilherme Tell |
Além de se deambular pelas ruas medievais, é de visita obrigatória (mesmo que por uma escadaria que parece interminável...) o pequeno castelo, que é de facto uma torre de menagem fortificada, que dá pelo nome de Munot, construída no século XVI durante a instabilidade da Reforma. Do alto da torre, a vista sobre Schaffhausen e o rio compensa o esforço.
A visita a Schaffhausen terminou com uma visita aos claustros da abadia beneditina, antro de paz e frescura (num dia em que a temperatura andou sempre pelos 26º), edifício conexo à bela e singela catedral românica da cidade, fundada no século XI.
Vista sobre Schaffhausen na saída para o Lago Constança, com a imponente Torre Munot em pano de fundo |
3. Rumo ao famoso Lago Constança (ou Bodensee, como por aqui o chamam), o guia recomendava uma visita à vila de Stein am Rhein, que considerava "uma das mais belas vilas suíças". E não se enganou...
Po toda a vila pululam edifícios mais belos uns que os outros, mas o centro da vila merece inteiro destaque. É um autêntico museu ao ar-livre, composto de edifícios medievais totalmente recobertos de frescos renascentistas, todos eles magnificamente restaurados.
A zona junto ao rio proporciona também ela um belo passeio.
4. Prosseguindo viagem, e já junto ao Lago Constança, uma rápida paragem na vila de Steckhorn serviu para vislumbrar o seu castelo do século XIV, com elegante posterior cobertura renascentista, prostrado sobre as águas do lago.
A fachada da Câmara Municipal local |
Lago Constança: não são as praias do Algarve, mas o ambiente descanso é pleno. |
5. Completamente ao acaso, acabei por atravessar a fronteira com a Alemanha e, desse modo, visitar a cidade que dá nome ao lago, Constança, mas isso ficará para outra entrada neste blog...
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