Num fresco serão de Domingo, lá chegámos a Zurique, numa viagem que nos pareceu tão curta, habituados que estávamos a voos intercontinentais. De Zurique nada vimos, senão um primeiro vislumbre da organização suíça, com comboios ao minuto e indicações em quatro línguas, as três nacionais e inglês...
Uma curta viagem de cerca de uma hora trouxe-os ao nosso destino final. Pelo caminho, ao por-de-sol ofereciam-se-nos pela janela postais "instantâneos" de vales de muito verde recortados por rios e povoados de pequenas aldeias, de onde invariavelmente sobresaíam as torres únicas de igrejas que se adivinham seculares.
Os primeiros dias em Berna foram de instalação num bom apart-hotel, muito próximo da Embaixada, e de "tomada de pulso" à cidade e ao novo trabalho.
Berna encantou-nos de imediato pela sua beleza, pela majestade do seu rio Aare, de belos tons esverdeados, pela imponência dos seus dois monumentos-chave, o Palácio do Parlamento (Bundeshaus) e a Catedral de São Vicente, pela história rica e preservada do seu pequeno mas fascinante centro histórico, pela elegância das ruas do Bairro onde moraremos e se situam a maioria das Embaixadas, pela forma como tudo parece funcionar bem, incluindo (e não é despiciendo...) os transportes públicos de que seremos certamente assíduos utilizadores nestes próximos anos.
A Leelia resumiu este estado de espírito numa feliz constatação: "parece que estamos a viver num postal".